A PROPOSTA DO DOCUMENTÁRIO PARA WEB O CÉU NOS OBSERVA FOI CRIAR INTERFERÊNCIAS NUMA IMAGEM DA CIDADE DE SÃO PAULO CAPTADA POR SATÉLITE. ATRAVÉS DE AÇÕES CRIADAS POR PESSOAS MOBILIZADAS POR UMA CHAMADA PÚBLICA, O DOCUMENTÁRIO PROPÕS UMA DISCUSSÃO SOBRE A CAPACIDADE DE INTERFERIR COLETIVAMENTE NAS ESTRUTURAS DE CONTROLE E VIGILÂNCIA DE ESCALA GLOBAL. UM PROCESSO POÉTICO DE CRIAÇÃO DE “RUÍDOS” NA REPRESENTAÇÃO DA METRÓPOLE.
“‘O CÉU NOS OBSERVA’ LEVA ADIANTE ESSA TEMATIZAÇÃO, POLEMIZANDO SOBRE COMO AS APARÊNCIAS DE ACESSIBILIDADE, EXPOSIÇÃO, TRANSPARÊNCIA E PUBLICIZAÇÃO – TODAS PRESENTES NAQUELA IMAGEM TECNOLÓGICA DA CIDADE – SÃO AS MESMAS COM QUE SE ADJETIVAM OS CIRCUITOS SEMPRE MAIS FINOS DA TROCA MERCANTIL E DE MONITORAMENTO COLETIVO. EM SUA PROPOSTA, CONTUDO, ESTABELECEU-SE IMEDIATAMENTE UMA DOBRADIÇA, PENSANDO-SE O EXERCÍCIO DA ARTE COMO UMA CONTRAPOSIÇÃO A ESTE IMAGINÁRIO DOMINANTE: PREFIGUROU-SE NA IMAGEM POR SATÉLITE CONTRATADA PELO ARTISTA, O REGISTRO DE “PEQUENAS AÇÕES-RUÍDO [...], ELE DIZ, COMO UMA POSSIBILIDADE SIMBÓLICA DE INTERFERÊNCIA NO PROCESSO DE MAPEAMENTO DA CIDADE”.
VERA PALLAMIN EM ESPAÇOS URBANOS E PRÁTICAS ARTÍSTICAS COLETIVAS,EM SÃO PAULO: SOBRE A AÇÃO “O CÉU NOS OBSERVA”